Frases Feitas (IV): Fascismo

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"A estrela vermelha para mim não tem sentido. Eu a vi nos tanques sérvios que atiravam nos civis e em nós, repórteres. Agarrados à estrela vermelha, perpetraram crimes horrendos sob o título de limpeza étnica. Assim como a suástica, estrelas vermelhas levam ao desastre, quando se decide obedecer, cegamente, a um projeto de poder."
(Fernando Gabeira, deputado federal e símbolo do Gabeirismo. Folha de S. Paulo, 17 de julho de 2009)

LEGENDA
"Mussolini nunca matou ninguém. Mussolini mandava gente de férias para exílios internos".
(Sílvio Berlusconi, setembro de 2003. Fonte).

*Sobre o assunto, vale a pena conferir este texto de Slavoj Zizek publicado no Sopro e também este post do Hugo Albuquerque.

5 Comentários

Esse é um caso perdido, o hipócrita-mor da República. Tinha lido essa coluna dele - de dar engulhos...


Alexandre,

O Gabeirismo é um fenômeno que expõe de maneira pungente o esgarçamento social do Rio de Janeiro contemporâneo: Ele representa a união a gauche-caviar ao udenismo num projeto civilizador de natureza higienista dentro de um contexto onde a guetificação é regra geral e gera como decorrência lógica o fundamentalismo cristão, as milícias e o tráfico. A própria elite que ocasiona tal fenômeno por conta de seu forma de exploração se une para varrer de forma asséptica as suas consequências incômodas, em suma, é a lógica da solução final, a eliminação do faminto e não da fome, disfarçada por uma máscara moderninha.

Essa falsa simetria que ele estabelece é bem reveladora disso. A analogia que você fez com Belusconni é bem interessante, aliás, é possível traçar um paralelo entre a Itália e o Rio contemporâneos, em parte pela forma como a desagragação social em ambos produziu um desmonte do sistema político partidário diante de setores progressistas aturdidos, paralisados e quase inexistentes.

P.S.: Obrigado pelo link.


"desagregação social", desculpe


Hugo: nessa o Gabeira passou de todos os limites. Dizer que o PT aparelha o Estado é uma coisa, compará-lo ao Stalinismo e, no mesmo gesto, à limpeza étnica é demais. Vou ver se escrevo um post mais contundente.


É... eu também me lembrei do texto do Zizek na mesma hora.


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"Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado
em todas as línguas"

Alexandre Nodari

é doutorando em Teoria Literária (no CPGL/UFSC), sob a orientação de Raúl Antelo; bolsista do CNPq. Desenvolve pesquisa sobre o conceito de censura.
Editor do
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