Lula, a questão agrária e a extrema-esquerda

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A discussão (se é que se pode chamar de discussão quando só um dos lados argumenta, e o outro se limita a repetir clichês) surgiu no Twitter: Idelber Avelar dizia que "Os amigos de extrema-esquerda deviam resolver: vão propor algo concreto ou só repetir o udenismo moralista, anti-Lula, da direita?" (e remetia ao parágrafo final deste post do Miguel do Rosário). Nada mais acertado. A "extrema-esquerda" foca suas críticas ao PT na corrupção e na política econômica neoliberal (juros, superávit, etc.) - exatamente os mesmos pontos atacados pelos demo-tucanos (sim, agora é moda os "desenvolvimentistas" - segundo a mídia, é claro - que pararam o país por oito anos reclamarem da alta taxa de juros). Se ela quisesse se diferenciar do discurso conservador e, ao mesmo tempo, atacar o calcanhar de Aquiles do governo Lula (porque "ideário neoliberal" é algo que abrange tudo, mas ao mesmo tempo é muito vago), deveria virar suas baterias para a questão agrária (já imaginaram um demo, do tipo Kátia Abreu, vociferando contra a concentração latifundiária?). Jamais vou me esquecer de uma conversa que tive com um então colega de Direito, e hoje advogado, em 2002: ela revela, ao mesmo tempo, a modéstia de minhas esperanças e o tamanho de minha decepção: àquela altura já sabíamos que o PT no governo não mudaria muito do status quo, mas ao menos promoveria uma reforma agrária de verdade. Não há como discutir que os assentamentos estão hoje bem mais estruturados do que eram no governo FHC, que o número de famílias assentadas por ano aumentou, etc. Noves fora isso, não houve uma reforma agrária de verdade. E a culpa não é de Miguel Rossetto e cia., a culpa é de quem detém (ou retém) a verba (Pallocci, Mantega) e define a política do governo (Dirceu, Dilma, e, em última instância, Lula). Aliás, a própria existência de um Ministério do Desenvolvimento Agrário é reveladora da sua desimportância: como se fosse possível conciliar reforma agrária com política latifundiária - Ministério da Agricultura. (Neste sentido, se revela toda a verdade da posição de Zizek quando cogitaram a sua nomeação para algum cargo do governo esloveno, na década de 90: "o único que me interessava era o de ministro do interior ou o de chefe do serviço secreto - a idéia de ser o ministro da Educação, da Cultura ou da Ciência me pareceu asbolutamente  ridícula, indigna até mesmo de uma avaliação séria"). O problema das alianças do governo Lula não está tanto no fisiologismo dos aliados, quanto na dependência em relação a bancada ruralista - um setor conservador, que pode muito bem se casar com o neoliberalismo, mas que não pode ser definido por ele (daí a falência do discurso da extrema-esquerda nesse ponto). O viés conservador do lulismo se cristaliza na questão agrária. Outro exemplo disso é a falência da política ambiental, que levou à saída de Marina Silva, a melhor ministra do meio-ambiente que já tivemos, e que, no início do governo, acreditou que a agenda ambiental seria transversal (penetraria nos outros Ministérios). Transversalidade ambiental só houve com a pasta do Desenvolvimento Agrário (parcerias visando agroecologia com agricultores familiares e assentados), o que é sintomático do argumento que tento expor: não é que os pequenos agricultores, ou Rossetto e cia. tenham uma consciência ambiental inerente - a aliança com os ambientalistas se dá na medida em que ambos os setores são coagidos pelo conservadorismo do governo na questão agrária. (Transversalidade só existe na bancada ruralista, com membros de todos os partidos - e daí que uma crítica a ela atingiria todo o status quo). Mesmo com esta aliança, as derrotas não param. Primeiro, os transgênicos entraram pela porta dos fundos, com a legalização do ilegal (a ideologia do fato consumado), ameaçando a soberania alimentar e genética do país, bem como jogando no lixo a vantagem competitiva dos alimentos convencionais. Iludido pela alta das commodities, que fornecia uma balança comercial positiva, e pelo sucesso internacional do álcool de cana, o governo vendeu a alma aos ruralistas. Agora, loteará a Amazônia, maior reserva de biodiversidade do mundo. Comeremos mais carne (de soja transgênica, para os vegetarianos), mas nossos netos vagarão nos desertos - de propriedade de algum Blairo Maggi.

Adendos: A questão agrária é tão grave e tão transversal que até esqueci de falar de um bocado de coisas. A política atual em relação a ela produz falhas até mesmo em setores em que o governo vai bem, como a política indigenista e a agenda de Direitos Humanos: basta lembrar o assassinato de índios na disputa por terras (isso pra não falar do assassinato da freira). Aproveitando o embalo, e como eu gosto de adiantar possíveis objeções, se alguém da "extrema-esquerda" me dissesse que tudo isso que eu falei se deve às alianças feitas pelo governo pra impor sua agenda neoliberal (é só o que dizem), eu responderia que, nesta leitura, falta só um componente: Marx, que ensinava justamente a esquecer os personalismos. A bancada ruralista se esfacelaria (claro que fazendo um "auê" danado) se a sua base econômica (o latifúndio) fosse cortada pela raiz. O momento de ter feito uma reforma agrária de verdade, infelizmente, foi perdido: o início do governo Lula, quando o apoio e a comoção populares permitia que ele aprovasse o que quisesse.

17 Comentários

Sem reparos Alex. A não ser lembrar que toda a política ambiental deste e dos outros governos que o antecederam foi baseada na ideologia do fato consumado, apostando na improbabilidade de que recursos naturais seriam eternamente renováveis.


Afirmar que as críticas da "Extrema-Esquerda" são iguais às da direita/oposição é tão útil quanto afirmar que o governo Lula faz o que pode, ou ressuscitar o "governo em conflito".

À acusação contra a "Extrema-Esquerda" de atacar o governo do possível do PT com argumentos da direita, se opõe a imobilidade dos "não-radicais" frente aos absurdos do governo.

Reconhecer avanços não significa o fim da crítica.

Lula vendeu a alma em suas alianças e ainda assim é vítima constante do "fogo amigo". Não seria então hora de rever a política de alianças ou, ao menos, ter um pouco mais de crítica?


Guerra: dizer que houve política ambiental, tanto nesse governo quantos nos anteriores, chega a ser um exagero. Houve um Ministério do Meio-Ambiente, mas só o fato da sua existência isolada já revela a sua falência.

Raphael: ué, você não leu o que escrevi? Expus uma crítica ácida, repleta de argumentos, contra o governo. Ficar no blá-blá-blá das alianças com Sarney, ou na questão dos juros é fazer o jogo conservador. Quer botar o dedo na ferida do Lula? Toca na questão agrária, que condensa todos os seus erros, todos os seus problemas - e condensa (quase) todos os problemas históricos do país. O que estou dizendo é que não se dizer partir da corrupção-neoliberalismo e englobar nisso a questão agrária, mas fazer o movimento contrário. Não é porque vige a política econômica neoliberal e o governo se alia com oligarcas que existe o problema agrário-fundiário-ambiental-indigenista. É o raciocínio contrário que se deve ter. A bancada ruralista é a bancada mais influente do Congresso e envolve gente de todos os partidos. É o conservadorismo em pessoa. Elimina a base econômica dela pra v. ver o que acontece. Acaba com mais da metade dos problemas do país, incluindo grande parte dos fisiologistas. Mas, como disse no adendo, acho que Lula perdeu o momento histórico de fazer a reforma agrária.

P.S.: Se v. prestar atenção, tomei o cuidado de botar "extrema-esquerda" entre aspas. Sou comunista, mas me nego a ser identificado com PSOL e/ou PSTU. Basta dar uma olhadinha no histórico do blog, pra ver que o PT aqui leva das suas. Por exemplo: este texto, este outro, e a ecolha do livro que inaugurou o Clube de Leituras aqui no blog. Não me furto a discussão. Pelo contrário, isso quem faz é a "extrema esquerda" - vai numa reunião do PSOL ou PSTU pra v. ver: debate ali é sinônimo de repetição das mesmas opiniões (e "informes") por horas e horas. É aclamação, consenso, em suma, algo que não preciso nem nomear. Haja socialismo e haja liberdade...


Só pra completar: assim como não devo me alinhar automaticamente com Lula por não suportar o tucanato, não tenho de ser condescendente com a "extrema-esquerda" por discordar do atual governo.


Alexandre,

Vivemos um momento político deveras esquizofrênico na esquerda nacional. Creio que existem alas da esquerda que conseguem, não sei como, racionalizar tudo o que o Governo faz ao mesmo tempo em que outras sãocapazes de ligar a figura de Lula a toda espécie de mal ou tragédia de uma forma paranóica. As duas são as faces de um mesmo fenômeno - e isso, meu velho, é foda: a esquerda brasileira, assim como outros tantos setores do nosso país, vive de copiar modelos estrangeiros; entramos em crise porque a esquerda na Europa entrou em crise no momento em que correlação de forças apontava para tudo, menos uma crise da esquerda no Brasil.

Disso decorre duas ações que são as duas faces da mesma moeda: A defesa de tudo o que Lula faz ou o ataque a tudo que ele faz. Por detrás disso está um pensamento apocalítico, do tipo "ou apoiamos Lula ou a esquerda nunca mais terá mais chances" ou "ou arrebentamos com ele de maneira inequívoca ou nunca veremos um Governo verdadeiramente de esquerda no Brasil durante o resto das nossas vidas".

Isso gera extremos terríveis: Seja um Paulo Arantes ir na ditabrandesca Folha falar mal do Governo ou rolar uma defesa de um insitucionalismo paranóico que tornou o Governo refém político de um Sarney. Honestamente, eu fico aturdido diante disso. É hora de revisitarmos a Crítica e largarmos os extremos.


"Por detrás disso está um pensamento apocalíptico"

P.S.: Ah, o mecanismo de lembrar os dados está funcionando agora.


Alexandre:

Perfeito! Mas vamos nos questionar um pouco sobre o momento. Com quase 80% de aprovação, com uma crise de reputação no Congresso e no Senado, e com uma espécie de sensação de que finalmente a única coisa que funciona nesse país é o executivo, fica a pergunta: não seria ainda o momento?


Sobre a bancada ruralista, fiz um curso franquenstein chamado Ciências sociais dado por 3 departamentos (sociologia, antropologia, e o notável, científicicíssimo - e direitista - depto de ciência politica, na USP). Então, um professor, chamado Limonges, comentou em aula, tudo muito científico de acordo com as "teorias" de Dawn (pra mim isso é complexo de cromossomo a mais), que estava provado que não havia a tal chamada "bancada ruralista". Isto mesmo, segundo o científico estudo deste prof, a bancada ruralista era figmento da imaginação de esquerdistas.

Não é lindo? Tudo com números, dados, gráficos, muito bonito de ver (não sei por qual recurso os meus olhos e ouvidos se ligam ao estômago e ao fígado).

Já o prof. Arbix - mas este não é científico, é um cão vira-lata, formado em jornalismo e com pós no depto de história, coitado. O prof. José Arbix (jornalismo canalha e outros livros), que meu estômago curte como se fosse guloseima, diz que as plantações de cana dos biodíesel ecologicamente bonitinhos são uma máquina de moer carne humana, pois as populações bóia-fria conseguem trabalhar nas condições dadas pelos escravocratas, digo, latifundiários, numa faixa bem jovem, digamos, dos 16 aos 21 anos, e depois adoecem e não servem mais para nada esses pobres. É necessário importar mão-de-obra cortadora de outras localidades, pois a usada só serve pra descartar. Não sei se ele publicou trabalho com isso. Foi numa palestra (durante a ocupação da reitoria da USP em 2007) que o ouvi.


Ah, mas eu tinha passado por aqui por que o Biscoito Fino não tem subscribe-to-comments (recurso que eu amo, mas so existe no wordpress: amo por capacitar uma conversa entre comentaristas), e você comentou o meu comentário e eu re-comentei o seu. Fico feliz que falamos de Marx nós dois, então fica mais fácil se entender. Só que na hora de colar o fi-da-puta do texto deu um pau homérico (passa lá pra ver o imbroglio que ficou) então eu acabei repostando aqui:

http://algodao.algumlugar.net/2009/07/blogos-fera-critica/

Com relação às análises simplistas, como desenvolvimentista, estrema-esquerda e governo-lobo-mau, eu concordo: há muito mais questões do que isso. A coisa é muito mais complexa.

Ah, conhece o blog do Sakamoto? Procura isso: sugiro a leitura. Muito bom pra ter mais noções desse ruralismo da bancada e da máquina de moer carne humana que eles montam (parece em cada post que é coisa isolada, mas o Sakamoto está há anos relatando casos de escravismo rural, de onde podemos concluir que nada disso é isolado... bom, vai lá ver, diz o que acha).

E desculpa se pareceu que eu peguei no seu pé, não é nada disso. Apenas você foi o único interlocutor com relação ao assunto que postei, por isso uso frases suas, mas não é nada que eu não tenha visto da mesma e de outras formas dito na blogosfera.

E também, não seja por isso. Eu vivo falando coisas que os outros pegam no meu pé. Acho isso legal, eu, pelo menos, me forço a pensar com o que as pessoas me dizem. Saem dai mais posts, e por isso mesmo acho o espaço de comentários muito mais importante que o do post. Qualquer livro, por melhor que seja, é o relacionamento com um texto de uma pessoa, e textos vindos de outras cabeças sempre fazem você pensar. Assim com os comentários. Sem eles eu fico congelada nas minhas idéias.


Antonio: Pode ser. Não tinha pensado nisso. Uma reforma agrária decente não dependeria mesmo de alteração na legislação, bastaria recursos e vontade política. Mas acho que passou o momento mesmo de fazer isso, a oportunidade histórica - o que os gregos chamavam de kairós, momento oportuno, de risco, de aposta.


Nodari, você também não entendeu minha ironia!=) Eu apenas tive a intenção de "completar" seu post de uma forma também ácida. Critico a crítica (nossa) que a "Esquerda" lulista faz onde criticar o Lula e o PT é ser Tucano ou ajudar os tucanos.

Não me fiz entender!=)

Aliás, eu fui militante do PSTU no passado, sei como funciona, me emputecia. Direção mandou, os cãezinhos repetem, sem crítica, sem debate. Pulei fora (ou fui meio que expulso, tá por aí) depois de 2 ou 3 anos por lá e me mantive apartidário mas simpático à alas do PSOL (Plínio, Valente, pessoal da Contraponto).

MAs, não me meto mais nisso, tem h q vc cansa de ser figurante e boneco de ventríloquo.


Flávia: conheço o blog do Sakamoto sim. Quanto a sua resposta ao meu comentário lá n'O Biscoito eu te sugeriria pensar se v. não está fazendo isso.


Raphael: reitero as desculpas que pedi via Twitter. Não entendi a ironia. Quanto a PSTU & cia.: é uma piada. No movimento estudantil, uma colega minha que da noite pro dia passou de arrecadadora de fundos da Maçonaria pra membra de um grupelho de "extrema-esquerda" era considerada muito mais de esquerda que eu, apesar de não ler lido Marx, não ter militado, não saber nada de movimento estudantil ou política, simplesmente porque sabia repetir os bordões. A "extrema-esquerda" tem um lance forte com os significantes (e a forma de enunciação), se v. repete certas palavras em certa ordem, é aclamado, se muda as palavras ou a forma, mas mantém o significado e o enunciado, passa a ser encarado com desconfiança.


"No movimento estudantil, uma colega minha que da noite pro dia passou de arrecadadora de fundos da Maçonaria pra membra de um grupelho de 'extrema-esquerda'"

(?!!)

Depois do incomentável - ao menos com palavras -, o problema que eu vejo, é que boa parte dos grupos de extrema-esquerda são uma espécie de religião - um fundamentalismo cristão com O Capital no lugar no Bíblia -, então é tudo muito simbólico e mágico, você deve proferir as palavras no encadeamento correto - o que não é estranho ao mundo do Direito e suas óbvias origens religiosas.


Bem, se o ex-presidente do PCB e atual PPS, o escroque do Freire admitiu que nunca leu Marx, eu acredito em tudo!

Mas, pelo menos, existe vida inteligente na Extrema, tipo o @ciceroguedes que é da LER-QI mas esse sim tem conteúdo, mantive uma polêmica interessante com ele uns dias atrás e postei parte (http://bit.ly/pAmN0). Existem áreas de não-sectarismo ainda por aí!

De resto, é bem por aí, vai ver era por isso q mt's me viam com desconfiança pelas bandas extremas, eu sempre detestei me fingir de robô e não questionar...



Nodari e comunidade, estou montando um texto acerca das "concessões" que foram feitas pelo capital no decorrer do tempo ao povo. Queria tentar explicar os mecanismos de controle social, como tbm fazer uma analise deste mecanismo com a politica nacional. Se alguem tiver algum texto que possa indicar alguma direção, agradeço.


Gerd: Seria um prazer indicar algumas coisas. Te peço só pra v. especificar melhor o que v. pretende no texto, daí fica mais fácil. Abraço


Concordo plenamente.

As duas principais deficiências do governo eram para mim a política ambiental e a pouca vontade de formar uma esfera pública. Em relação à primeira, acho realmente vergonhoso tudo que se vem fazendo (e não vejo qualquer justificativa plausível). Em relação à segunda, creio que foi uma questão de "kairós". Em 2002, não havia clima para uma significativa mudança do status quo, o que acabou levando o governo às alianças fisiológicas e à aposta na integração dos subcidadãos. Sem dúvida, a política agrária poderia ter mexido nos nervos centrais do sistema. Acho que um próximo governo de esquerda não tem mais desculpas para não intervir fortemente no assunto.


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"Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado
em todas as línguas"

Alexandre Nodari

é doutorando em Teoria Literária (no CPGL/UFSC), sob a orientação de Raúl Antelo; bolsista do CNPq. Desenvolve pesquisa sobre o conceito de censura.
Editor do
SOPRO.

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