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Google
Palavras para além da gramática
Boris Groys

Traduzido do inglês por Alexandre Nodari. Fonte: GROYS, Boris. Google: Words beyond Grammar / Google: Worte jenseits der Grammatik. Ostfildern: Hatje Cantz, 2012 (edição bilíngüe)

 

A vida humana pode ser descrita como um demorado diálogo com o mundo. O homem interroga o mundo e é interrogado pelo mundo. Esse diálogo é regulado pelo modo com que definimos as perguntas legítimas que podemos dirigir ao mundo ou que o mundo pode nos dirigir – e o modo com que identificamos as respostas relevantes a essas perguntas. Se acreditamos que o mundo foi criado por Deus, fazemos perguntas e esperamos por respostas diferentes daquelas que fazemos se acreditamos que o mundo é uma “realidade empírica” incriada. E se acreditamos que o ser humano é um animal racional, praticamos esse diálogo diferentemente do modo que faríamos se acreditássemos que ele é um corpo do desejo. Portanto, nosso diálogo com o mundo é sempre baseado em certas pressuposições filosóficas que definem seu meio e sua forma retórica.

Hoje em dia, nós exercemos nosso diálogo com o mundo principalmente por meio da Internet. Se queremos fazer perguntas ao mundo, agimos como usuários da Internet. E se queremos responder às perguntas que o mundo nos faz, agimos como provedores de conteúdo. Em ambos os casos, nosso comportamento dialógico é definido pelas regras e modos específicos nos quais as perguntas podem ser feitas e respondidas no âmbito da Internet. No regime atual em que a Internet opera, estas regras e modos são definidos predominantemente pelo Google. Portanto, hoje o Google desempenha o papel tradicionalmente exercido pela filosofia e pela religião. O Google é a primeira máquina filosófica conhecida que regula nosso diálogo com o mundo substituindo pressuposições metafísicas e ideológicas “vagas” por regras de acesso estritamente formais e universalmente aplicáveis. É por isto que é fundamental para a pesquisa filosófica contemporânea analisar o modo de operação do Google, e, em particular, analisar as pressuposições filosóficas que determinam sua estrutura e funcionamento. Como tentarei mostrar, o Google, como uma máquina filosófica, tem sua genealogia na história da filosofia – especialmente, a filosofia recente.

Consideremos as regras de diálogo do Google com o mundo. De acordo com essas regras, toda pergunta deve ser formulata como uma palavra ou uma combinação de palavras. A resposta é fornecida como um conjunto de contextos nos quais essa palavra ou combinação de palavras possam ser descobertas pelo mecanismo de busca. Isto quer dizer que o Google define como pergunta legítima aquela concernente ao significado de uma palavra individual. E ele identifica a resposta legítima a essa questão como uma exposição de todos os contextos acessíveis em que essa palavra ocorre. A soma de todos os contextos exibidos é compreendida aqui como o verdadeiro significado da palavra sobre a qual o usuário perguntou. E porque não há outra questão que possa ser formulada pelo Google além daquela referente ao significado de uma palavra individual, este significado verdadeiro aparece como a única possível verdade que é acessível ao sujeito contemporâneo. Conseqüentemente, o conhecimento verdadeiro como tal é entendido aqui como uma soma de todas as ocorrências de todas as palavras de todas as línguas pelas quais a humanidade atualmente opera.

Portanto, o Google pressupõe e codifica a radical dissolução da linguagem em conjuntos de palavras individuais. Ele opera por meio de palavras libertadas de sua sujeição às regras usuais da linguagem – à sua gramática. Tradicionalmente, quando nós escolhíamos a linguagem (e não, por exemplo, o êxtase religioso ou o desejo sexual) como um meio de diálogo com o mundo, presumíamos que nossas perguntas – para serem legítimas – tinham de assumir a forma de sentenças gramaticalmente corretas, como “Qual o significado da vida?” ou “O mundo foi criado por uma inteligência superior?”, etc. Obviamente, essas questões podem e devem ser respondidas somente por um discurso gramaticalmente correto – por um ensinamento filosófico, uma teoria científica, ou uma narrativa literária.

O Google dissolve todos os discursos ao convertê-los em nuvens de palavras que funcionam como coleções de palavras para além da gramática. Estas nuvens de palavras não “dizem” nada – elas só contêm ou não essa ou aquela palavra específica. Conseqüentemente, o Google pressupõe a libertação de palavras individuais de suas cadeias gramaticais, de sua sujeição à linguagem entendida como uma hierarquia de palavras gramaticalmente determinada. Como uma máquina filosófica, o Google se baseia em uma crença na liberdade extra-gramatical e na igualdade de todas as palavras e em seu direito de migrar livremente para qualquer direção possível – de uma nuvem de palavras local, particular, para outra. A trajetória dessa migração é a verdade de uma palavra individual tal como é exibida pelo Google. E a soma de todas essas trajetórias é a verdade da linguagem como um todo – a verdade da linguagem que perdeu seu poder gramatical sobre as palavras. A gramática é um meio pelo qual a linguagem tradicionalmente criou uma hierarquia entre as palavras. E essa hierarquia informou e mesmo determinou o modo pelo qual o questionamento filosófico tradicional do conhecimento e da verdade funcionou. Questionar pelo Google pressupõe, ao contrário, um conjunto extragramatical de nuvem de palavras como uma resposta – as nuvens de palavras nas quais a palavra buscada ocorre.

Na realidade, a compreensão da verdade como o verdadeiro significado de palavras individuais não é exatamente uma novidade filosófica. Platão já havia começado a questionar o significado de palavras individuais como “justiça” e “bem”. Assim, Platão começou o processo de libertar palavras de sua sujeição à gramática das narrativas míticas e dis discursos sofísticos. Mas ele acreditava que esse significado só poderia ser encontrado em uma única nuvem de palavras que tinha seu lugar no céu transcendente das puras idéias. Posteriormente, enciclopédias e dicionários tentaram definir os significados privilegiados e normativos das palavras individuais. Essas enciclopédias e dicionários deram o passo seguinte na história da libertação das palavras em relação à linguagem. Mas a liberdade das palavras ainda estava limitada pelo seu uso em contextos normativamente prescritos. A filosofia do século XX levou adiante esse processo de libertação. O estruturalismo – começando por Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson – deslocou sua atenção do uso normativo das palavras para seu uso concreto no âmbito das línguas vivas e contemporâneas. Foi um grande passo na libertação das palavras, mas o conceito de contexto normativo de uso permaneceu basicamente intacto. A linguagem presente, viva, contemporânea se tornou o contexto normativo típico. O mesmo pode ser dito da tradição anglo-americana de pesquisa da “linguagem cotidiana”, que também se baseia em uma ideologia da presença. A verdadeira mudança começou com o pós-estruturalismo – especialmente com a desconstrução derridiana. Aqui, as palavras individuais começaram a migrar de um contexto a outro, mudando permanentemente suas significações no caminho. Conseqüentemente, toda tentativa de estabelecer um contexto normativo foi declarada fútil. Mas essa migração foi compreendida pela desconstrução como uma migração potencialmente infinita dotada de uma trajetória potencialmente infinita, de modo que toda pergunta referente ao significado das palavras foi declarada irrespondível.

O Google, portanto, pode ver visto como uma resposta à desconstrução em, ao menos, duas maneiras. Por um lado, ele se baseia na mesma compreensão da linguagem como um espaço topológico, no qual as palavras individuais seguem suas próprias trajetórias – minando quaisquer tentativas de territorializá-las em contextos normativos fixos e privilegiados e de atribuir significados normativos a elas. Por outro lado, o Google, no entanto, baseia-se na crença de que essas trajetórias sejam finitas – e que, por isso, possam ser calculadas e exibidas. É claro que podemos imaginar um número infinito de contextos e, portanto, infinitas trajetórias para cada palavra individual. Contudo, esse tipo de imaginação negligencia o fato de que todo contexto precisa ter um certo suporte material – um meio – para ser “real”. Caso contrário, tal contexto é meramente ficcional e portanto irrevelante no que diz respeito à nossa busca por conhecimento e verdade. Pode-se dizer que o Google vira a desconstrução de cabeça pra baixo, ao substituir uma proliferação de contextos potencialmente infinita, ainda que apenas imaginária, por um mecanismo de busca finito. Este mecanismo de busca procura não por infinitas possibilidades de significação, mas por um conjunto efetivamente disponível de contextos pelos quais os significados são definidos. De fato, o jogo infinito da imaginação tem seu próprio limite na situação em que todas as palavras ocorrem em todos os contextos. Em tal situação limite, todas as palavras se tornam idênticas em sua significação – elas colapsam em um único significante flutuante com significação zero. O Google evita este resultado limitando sua busca a contextos realmente existentes e previamente expostos. As trajetórias de diferentes palavras permanecem finitas e, desse modo, distintas. Pode-se dizer que cada palavra passa a ser caracterizada pela coleção de seus significados – uma coleção dos contextos que essa palavra acumulou em sua migração pela linguagem, e que pode ser caracterizada como o capital simbólico dessa palavra. E essas coleções – sendo “reais”, i.e., materiais – também são distintas.

No contexto de uma busca pelo Google, o usuário ou a usuária de Internet se encontra em uma posição metalingüística. De fato, o usuário enquanto usuário não é exibido na Internet como um contexto de palavras. É claro que se pode googlar seu próprio nome – e obter todos os contextos em que esse nome aparece. Mas os resultados dessa busca exibem o usuário não como um usuário, e sim como um provedor de conteúdo. Ao mesmo tempo, sabemos que o Google rastreia os hábitos de busca de usuários individuais e cria contextos a partir de suas práticas de busca. Mas esses contextos – usados principalmente para o direcionemaneto de anúncios – geralmente permanecem escondidos do usuário.

Heidegger falava da linguagem como a morada do ser – uma morada em que o homem habita. Essa metáfora pressupõe a compreensão da linguagem como uma construção gramatical: a gramática da linguagem pode, de fato, ser comparada à gramática arquitetural de uma casa. No entanto, a libertação das palavras individuais de suas disposições sintáticas converte a morada da linguagem em uma nuvem de palavras. O homem se torna linguisticamente sem-teto. Através da libertação das palavras, o usuário da linguagem é enviado para uma trajetória que é necessariamente extralingüística. Ao invés de ser um pastor de palavras, como Heidegger sugeriu, o homem se torna um curador de palavras – utilizando antigos contextos, lugares e territórios lingüísticos, ou criando novos. Assim, o homem cessa de falar no sentido tradicional da palavra. Ao invés, ele ou ela deixam as palavras aparecer ou desaparecer em diferentes contextos – em um tipo de prática completamente silencioso, puramente operacional e extra- ou meta-lingüístico.

Este deslocamento fundamental no uso da linguagem se reflete claramente na crescente equivalência entre contextos afirmativos e críticos. A dissolução da gramática e a libertação das palavras individuais tornam a diferença entre sim e não, posições afirmativas e críticas, cada vez mais irrelevantes. O importante é apenas se determinada palavra (ou nome, teoria ou acontecimento) surge em um ou vários contextos. Nos termos de uma busca do Google, uma ocorrência em um contexto afirmativo ou negativo gera à palavra a mesma quantidade de capital simbólico. Assim, as operações lingüísticas básicas de afirmação e negação se tornam irrelevantes e são substituídas pelas operações extra-lingüísticas de inclusão ou exclusão de determinadas palavras em determinados contextos – o que é precisamente a definição de curadoria. O “curador de palavras” opera com textos assim como com nuvens de palavras – ele ou ela estão interessados não no que estes textos “dizem”, mas em que palavras ocorrem nesses textos e quais não.

De fato, este desenvolvimento já fora previsto por movimentos artísticos vanguardistas no começo do século XX – especialmente pelo futurista italiano Filippo Tommaso Marinetti em seu texto de 1912 sobre a “destruição da sintaxe”, em que ele explicitamente reivindicava a libertação das palavras das cadeias sintáticas. Por volta da mesma época, em 1914, ele propôs uma versão antecipatória das nuvens de palavras, que chamou de parole in libertà (palavras em liberdade). E, como se sabe, ele começou a conscientemente fazer um tipo de arte e política que tinha como objetivo chocar e perturbar os ambientes culturais burgueses da Europa. Desse modo, Marinetti inventou o que se poderia chamar de auto-propaganda negativa. Ele compreendeu que, em uma era de palavras libertadas, ser um objeto de aversão, ou mesmo de ódio, pública faz com que seu nome ocorra mais freqüentemente na mídia do que ser um objeto de simpatia pública. Todos sabemos como essa estratégia se tornou uma tática padrão de auto-publicidade na era do Google.

Outra fonte antecipatória da emancipação da palavra em relação à gramática pode ser vista no uso freudiano da linguagem. Aqui, palavras individuais funcionam quase como links da Internet: elas se libertam de suas posições gramaticais e começam a funcionar como conexões a outros contextos, subconscientes. Esta invenção freudiana foi utilizada exaustivamente pela arte e literatura surrealistas. A arte conceitual dos 1960 e 1970 criou instalações de contextos de palavras e nuvens de palavras. A arte de vanguarda também fez experiências com a libertação de fragmentos sonoros e letras individuais de sua submissão a formas gramaticalmente estabelecidas de palavras. Lembramos dessas práticas artísticas quando acompanhamos a busca do Google “em tempo real” – aqui, o mecanismo de busca começa seu trabalho antes da forma gramaticalmente correta da palavra buscada aparecer.

Assim, pode-se dizer que o Google – com sua abordagem metalingüística, operacional e manipuladora, da linguagem – funda-se ainda mais na tradição das vanguardas artísticas do século XX do que na tradição da filosofia avançada. Mas, ao mesmo tempo, é justamente essa tradição artística que desafia as práticas do Google. A luta pela libertação das palavras é também uma luta pela igualdade delas. A igualdade radical das palavras – libertadas das estruturas hierárquicas ditadas pela gramática – projeta a linguagem como uma espécie de perfeita democracia de palavras que corresponde à democracia política. De fato, a libertação e a igualdade das palavras entre si também as torna universalmente acessíveis. Pode-se dizer que a poesia de vanguarda e a arte do século vinte vislumbraram um Google utópico – um livre movimento de palavras libertadas no espaço social. O Google efetivo, realmente existente, é obviamente uma realização técnico-política, mas também uma traição desse sonho utópico de libertação das palavras.

De fato, pode-se questionar se o Google exibe mesmo todo contexto realmente existente quando o utilizamos para revelar a verdade da linguagem – a saber, a soma total das trajetórias de todas as palavras individuais. Obviamente, a resposta a essa questão só pode ser negativa. Em primeiro lugar, muitos destes contextos são secretos – para poder visitá-los, precisa-se de acesso especial. Além disso, contextos individuais são priorizados pelo Google – e o usuário geralmente restringe sua atenção para algumas poucas primeiras páginas que são exibidas. Mas o problema mais importante diz respeito à posição metalingüística do próprio mecanismo de busca do Google. O usuário da busca de Internet opera, como já foi dito, em uma posição metalingüística. Ele ou ela não fala – mas exerce a seleção e avaliação de palavras e contextos. Contudo, o Google em si também escapa da representação lingüística. Ele exerce uma pré-seleção e uma priorização que também são atos de curadoria de palavras. O sujeito da busca na Internet sabe que sua seleção e avaliação de contextos depende dos processos de pré-seleção e pré-avaliação efetuados pelo mecanismo de busca do Google. O usuário só pode ver o que o Google mostra. Assim, o Google é inevitavelmente experimentado pelos seus usuários como uma subjetividade oculta (e potencialmente perigosa) – operando em uma forma de conspiração mundial. Tal raciocínio conspiratório seria impossível se o Google fosse infinito – mas ele é finito e, portanto, suspeito de manipulação. De fato, as perguntas seguintes se tornam inevitáveis: Por que estes e não outros contextos são exibidos? Por que estas e não outras priorizações dos resultados de busca? O que são os contextos ocultos que o Google cria ao observar as práticas de busca dos usuários individuais?

Essas questões levam a um fenômeno que, de modo crescente, define a atmosfera intelectual das décadas recentes. Refiro-me aqui à virada política e tecnológica na história da metafísica. Houve – e ainda há – muita discussão sobre o fim da metafísica. Mas eu gostaria de argumentar que, na verdade, se passa o contrário: nós estamos experimentando não o fim da metafísica mas a democratização e proliferação da metafísica. De fato, nenhum usuário de Internet está “no mundo”, porque ele ou ela não estão na linguagem. E o Google se apresenta como uma máquina metafísica que também é manipulada por uma subjetividade metalingüística, metafísica. Assim, o sujeito de uma busca no Google se vê envolvido em uma luta pela verdade que é, de um lado, metafísica, e, de outro, política e tecnológica. Metafísica porque é uma luta não por essa ou aquela verdade particular “mundana” ou – para dizê-lo de outro modo – por um contexto particular. Antes, é uma luta pelo acesso à verdade como tal – entendida como a soma completa de todos os contextos materialmente existentes. Trata-se de uma luta pelo ideal utópico do livre fluxo de informação – a livre migração de palavras libertadas pela totalidade do espaço social.

Entretanto, essa luta se torna técnico-política, porque se todas as palavras já são reconhecidas como “metafisicamente” livres e iguais, cada caso particular de sua inclusão ou exclusão deve ser identificado como um ato de poder político, tecnológico ou econômico. Sem uma visão utópica da palavra totalmente libertada, o Google seria impossível – e uma crítica do Google também seria impossível. Só quando a linguagem já está transformada em uma nuvem de palavras é que a pergunta referente ao capital simbólico de cada palavra individual pode ser feita – porque apenas nesse caso o capital simbólico de palavras individuais se torna o resultado de práticas extra-lingüísticas de inclusão e exclusão. O Google “realmente existente” só pode ser criticado a partir da perspectiva poética do que pode ser chamado de um Google utópico – um Google que encarna o conceito de igualdade e liberdade para todas as palavras. O ideal utópico e vanguardista das palavras libertadas produziu uma “poesia difícil” que para muitos leitores parece inacessível. Contudo, é precisamente este ideal utópico que define nossa luta contemporânea e cotidiana pelo acesso universal ao livre fluxo da informação.


A

Amor (D.H. Lawrence)
Amor (Flávia Cera)
Antropofagia (Jarry)
Antropofagia (Tejada)
Assalto ao céu
Assistentes

B
Bares proletários

C
Cadeiras
Cara de Cavalo
Caráter
Cartão de visita
Cauda, A
Como
Coroinhas

D
Devir-animal (ou cinismo)

E
Entidade
Espelho
Exterioridades Puras
Experiência(s)

F
Fetiche
Ficha catalográfica

G
Google

H

I
Intrusos
Intrusos (II)

J
Juridiquês

K

L
Libelo

M
Marginal
Metropolis
Mickey Mouse
Moldura Barroca

N
Negatividade

O

P
Página branca
Paráfrase
Partout
Perspectivismos
Pesquisador
Possessão
Profanação

Q
Quixotismo

R
Rio
Rosto (de Lévinas)

S
Saliência

T

U

V
Vestígios (I)
Vestígios (II)

W

X
Xeque-mate

Y

Z


Próximo texto:

O Logos de Estado
(Resenha de The Communist Postscript,livro de Boris Groys)

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é um panfleto político-cultural, publicado pela editora Cultura e Barbárie: http://www.culturaebarbarie.org
De periodicidade quinzenal, está na rede desde janeiro de 2009.
Editores: Alexandre Nodari e Flávia Cera.