
Negatividade
por Jonnefer Barbosa
A negatividade como aproximação crítica ao mundo só pode partir do pressuposto inseguro e débil (mas tendo sua forma indissociavelmente ligada a estas duas características: insegurança e debilidade) da impossibilidade do fundamento. Atrelado a este, como selvagem rota de fuga a todo aditivo ou prótese de obturação, um princípio de indeterminação radical do ser. A negatividade é a pura vida em suas ambivalências não resolvíveis, não teorizáveis; a vida na mais completa finitude não cerimonial, impessoal, até mesmo banal. Nada mais que o ser-sem-Deus do mundo profano, e que nem por isso significará uma postura de niilismo militante, tampouco de ateísmo vulgar (lembrar aos incautos que ambos necessitam de fundamentos baseados em asserções plenas de positividade). A negatividade é o riso pirrônico e dionisíaco frente às solenes pretensões de verdade e civilização, sejam quais forem suas embalagens (à direita ou à esquerda, vanguardistas ou conservadoras, dependentes ou não da idéia de deuses). Um riso que facilmente caíra na gargalhada despudorada e trágica do bêbado que percebe que a vida, tal como o vinho, não durará a noite toda.
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A
Amor (D.H. Lawrence)
Amor (Flávia Cera)
Antropofagia (Jarry)
Antropofagia (Tejada)
Assalto ao céu
Assistentes

B
Bares proletários

C
Cadeiras
Cara de Cavalo
Caráter
Cartão de visita
Cauda, A
Como
Coroinhas

D
Devir-animal (ou cinismo)

E
Entidade
Espelho
Exterioridades Puras
Experiência(s)

F
Fetiche
Ficha catalográfica

G
Google
 H
 I
Intrusos
Intrusos (II)

J
Juridiquês
 K
 L Libelo
 M
Marginal
Metropolis
Mickey Mouse
Moldura Barroca
 N Negatividade
 O
 P
Página branca
Paráfrase
Partout
Perspectivismos
Pesquisador
Possessão
Profanação
 Q
Quixotismo
 R
Rio
Rosto (de Lévinas)
 S
Saliência
 T
 U
 V
Vestígios (I)
Vestígios (II)
 W
 X
Xeque-mate
 Y
 Z
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